quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Capítulos do Renascimento

Capítulo 12 - A Conquista da Realidade
Capítulo 13 - Tradição e Inovação I
Capítulo 15 - A Realização da Harmonia

Site de História da Arte

Antes de mais nada, quero indicar o melhor site que conheço sobre História da Arte, que permite pesquisas variadas por pintores, estilos, museus - e o melhor, em espanhol.

http://www.artehistoria.jcyl.es/index.html

Bom proveito!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Aula 05/09

Vimos, na última aula, a formação do cristianismo. Alguns pontos merecem destaque:
1) A invenção das igrejas: modelos de organização espacial dos primeiros cristãos e a adoção da estrutura das basílicas romanas (forma e função)
2) A função didática da pintura e da música a partir de Gregório, o Grande (séc. VII)
3) As diferentes representações de Cristo nas catacumbas, nos túmulos de mármore, nos mosaicos bizantinos. O surgimento do Cristo barbado.
4) Em tudo isso, a pergunta: por que ocorreu, no período medieval, a "desnaturalização" das formas artísticas? As técnicas de representação do corpo desenvolvidas pelos gregos e romanos foram "esquecidas"? Ou se tratava de uma nova postura em relação à sua finalidade religiosa?

Essa discussão aprofunda alguns aspectos do capítulo 6 do Gombrich - A Bifurcação dos Caminhos: Roma e Bizâncio.

Na próxima aula, discutiremos os capítulos 9 e 10 - Arte Românica e Gótica

Deixo como indicação de vídeo:

Arte Românica:
http://br.youtube.com/watch?v=RXW6FtX9pKA&feature=related

Arte Gótica
http://br.youtube.com/watch?v=I--yu8Sk_58&feature=related

Aula 29/08

Pessoal, nessa aula discutimos a Arte no período helenístico (incluindo seu uso pela propaganda de Alexandre Magno), comparando o sua dramaticidade em relação ao equilíbrio e serenidade do período clássico. Em seguida, fizemos um balanço da Arte Romana, apontando algumas inovações:
1) Pintura: se pouco sabemos da pintura grega, os principais vestígios que temos são dos romanos, graças à preservação das pinturas de Pompéia e Herculano, além dos mosaicos que resistem melhor à ação do tempo. Além de cenas mitológicas, os romanos tinham em suas paredes afrescos de natureza morta e paisagens que já tinham uma certa noção de profundidade (embora desconhecessem as leis da perspectiva ótica, que só seria desenvolvida no Renascimento). As pinturas tinham matizações de cor que davam volume e sombreamento às figuras, embora também isso ocorresse de forma esquemática, sem estudos aprofundados sobre a direção da luz, etc.

2) Escultura: muitos "retratos" romanos foram produzidos em bustos e estátuas, e graças a eles podemos ter uma noção do rosto dos principais líderes políticos e militares romanos. Destaca-se o "realismo" das figuras: contrariamente à escultura clássica grega, que tendia à idealização dos corpos, os romanos tentavam reproduzir a pessoa tal como ela aparentava, com todos os atributos e defeitos de seu rosto. Uma das mais célebres esculturas (que na realidade se trata de uma narrativa visual) é a coluna de Trajano, onde uma faixa em espiral conta a história de suas conquistas através das figuras em cenas comuns: cotidiano dos soldados construindo muralhas, batalhas, etc.

3) Arquitetura: influenciados pela estética grega, os romanos produziram templos com frontões e colunas nos estilos dórico, jônico e coríntio. Mas graças à inovação técnica no emprego do cimento, a partir do qual produziram o concreto, e da distribuição do peso das construções através dos arcos, os romanos construíram gigantescas obras - pontes, aquedutos, palácios, estações termais, arcos de triunfo, basílicas (prédios públicos não religiosos) - que resistiram à passagem do tempo. Entre os mais célebres estão o Coliseu (que dispensa maiores comentários) e o Panteão, templo dedicado a todos os deuses, em forma circular, com uma imensa abóboda de 49 metros de circunferência e uma abertura no alto para passagem de luz (e chuva). Foi o único prédio que chegou aos nossos dias sem necessitar restauração em sua estrutura (!).

Vale dar uma olhada no Gombrich, cap. 5, para ter uma idéia.